2ª Edição do Festival Literário Nacional reúne 20 mil pessoas em Cajazeiras




Com aproximadamente 20 mil pessoas, o Festival Literário Nacional – FLIN, produzido pelo Governo do Estado através da Fundação Pedro Calmon (FPC/SecultBA) e com apoio da Secretaria de Educação do Estado, lotou o Ginásio Poliesportivo de Cajazeiras. O evento aconteceu nos dias 9, 10 e 11 de junho levando nomes populares e ilustres da leitura, música e poesia, com o mote “Diversas Leituras e Novos Caminhos”.


A abertura do Festival levou à Cajazeiras, o notável Baco Exu do Blues, que tratou da sua relação com a escola, com as leituras e como estas contribuíram com seus processos criativos. “Eu precisei entender que entre ser um aluno desacreditado e ter os professores como inimigos, existia um ponto sensível, é esse que tenho cantado em minhas produções”, explicou o rapper.


Além de Baco, nomes como Evanilton Gonçalves, Rita Batista, Tiago Banha, Bixarte, Rita Santana, Auritha Tabajara, Micheliny Verunshck, Luana Xavier e Jhordan Matheus estiveram presentes nos dias do evento. Quem também marcou presença FLIN, foi Itamar Vieira Júnior, ganhador do Prêmio Jabuti 2020, o autor participou da mesa que discutiu as perspectivas do mundo atual considerando como novas formas de leituras apontam caminhos.


“O mundo é um personagem que interage com a gente e nossas transformações”, declarou o autor, que apontou como a leitura nos ajuda a refletir sobre a finitude do tempo e da vida. O diálogo estabelecido com a autora do Distrito Federal Paulliny Tort, e o jornalista Renato Carneiro, trouxe uma plateia atenciosa e uma fila extensa para adquirir o seu mais novo livro “Doramar ou A Odisséia”, e outras obras lançadas pelas diversas editoras que estiveram presentes.


Novidades da 2ª edição e apresentações musicais


Nesta segunda edição foi elaborada a “Rótula Cultural”, palco criado no Ginásio para fomentar a participação dos talentos locais. Durante os três dias de evento, o espaço voltado para juventude recebeu apresentações musicais e batalha de mc’s, sendo um sucesso na programação.


“Cajazeiras tem muitos talentos independentes que estão escondidos e participar deste tipo de evento pode abrir muitas portas para os novos artistas”, destacou Henrique Nork, à frente do Khalid Mob, grupo de hip hop que agitou o público.


A união entre o coordenador do Espaço Virtual – Boca de Afofô Clissio Santana, e Camilla França, apresentadora do Umbu Podcast, deu origem ao mesacast Boca de Afofô, com o mote “Sua história passa por aqui”.


O aquário adaptado no ginásio recebeu nomes locais como Cairo Costa, a poeta Jeane Oliveira e o humorista Tiago Banha, o jornalista André Santana, a atriz Luana Xavier, a apresentadora Luana Souza e o antropólogo Felipe Tuxá, entre outros nomes. A programação aconteceu com três mesas por dia e transmissões ao vivo, que podem ser vistas através no canal do youtube da FPC (@fpedrocalmon).


A programação infantil também trouxe espetáculos memoráveis da Biblioteca Infantil Monteiro Lobato, com contação de histórias, apresentações musicais e teatrais, no espaço infantil também houve oficinas e lançamentos de livro, e a presença icônica do Robozão, que balançou a criançada.



As apresentações musicais trouxeram destaques para a cantora Nêssa, que com seu suingue provocante abriu a primeira noite do Flin. Na sequência, o duo entre o rapper Hiran e Guedez, trouxeram vertentes do hip hop e do trap para agitar o público, e o desfecho ficou por conta da Banda Afrocidade, que deixou saudades do agito dos três dias e a promessa do retorno do Festival no próximo ano.


Fonte| SecultBA
Foto| Daniele Silva