Historiadores destacam a participação da Bahia na Independência do Brasil
Contemplando as comemorações da Independência da Bahia, a Fundação Pedro Calmon (FPC/SecultBa), através da Diretoria de Bibliotecas Públicas (DIBIP) convidou os historiadores, Daniele Santos e Aécio Macedo, para abordarem aspectos relevantes da Independência do Brasil na Bahia.
Com o tema “Relatos de uma história: dois de julho Independência do Brasil na Bahia”, Aécio apresenta as sementes da revolução, como a Conjuração Baiana de 1789 e os Boletins Sediciosos, além de abordar o desenrolar do conflito travado na batalha de Pirajá, suas lideranças, perseguições e os simbolismos.
Segundo Aécio, debates como estes são essenciais. “São esses discursos que compõem a memória e, consequentemente, a história”. Ressaltando que, “evidenciar o protagonismo de negros, índios e populares, em geral, é um processo de reparação histórica”. E conclui destacando que esse processo evidencia a pluralidade do que chamamos de Brasil, “ainda tão incompreendido e preso em narrativas que excluem sujeitos históricos essenciais”.
Já Daniele, com o tema “Dois de julho: o povo que lutou”, traz ao público a participação do povo baiano no cenário da Independência do Brasil na Bahia e na formação de um exército popular para expulsar os Portugueses da Bahia. Para Daniele, trazer esse debate “é reparar uma dívida histórica que constitui um compromisso com a construção de uma identidade e uma memória nacional que ressalta toda diversidade e singularidade do nosso povo brasileiro”.
Para Carmen Azevedo, diretora da DIBIP, trazer debates como estes através de diversas formas, como artigos, exposições virtuais, atividades lúdicas e vídeos “mostram a importância da participação do povo baiano, da capital e do Recôncavo nas lutas”. Os vídeos apresentados abordam o processo de resistência às tropas portuguesas, o monopólio comercial português, a participação do popular de homens e mulheres negros, o protagonismo feminino, e a participação dos índios.